Mundo
Após surto e convulsões, homem morre em voo de ministros de Lula à Etiópia
O passageiro chegou a tentar abrir a porta da aeronave, antes de ser contido
Um homem morreu no início desta quinta-feira 15 durante um voo que levava ministros do governo Lula (PT) à Etiópia, um dos destinos do presidente em seu giro pela África.
O passageiro aparentemente entrou em surto, passou mal e chegou a tentar abrir a porta da aeronave, antes de ser contido. Na sequência, teve convulsões e morreu.
Estavam no avião os ministros:
- Silvio Almeida, dos Direitos Humanos;
- Vinicius de Carvalho, da Controladoria-Geral da União;
- Anielle Franco, da Igualdade Racial; e
- Wellington Dias, do Desenvolvimento Social.
Até o momento, a Ethiopian Airlines, empresa responsável pelo voo, não divulgou o nome do passageiro, nem a causa da morte. A companhia aérea informou apenas ter tomado “as medidas necessárias”. CartaCapital também procurou o Itamaraty e atualizará esta matéria se obtiver uma resposta.
A viagem do presidente
Lula desembarcou na tarde desta quinta-feira 15 na capital da Etiópia, Adis Abeba, onde terá reuniões fechadas com o primeiro-ministro do país, Abiy Ahmed, e participará da Cúpula da União Africana como convidado.
Além dessas agendas, a previsão é de que o petista participe do evento Financiamento climático para a agricultura e segurança alimentar: Implementação da Declaração de Nairóbi e resultados da COP-28.
Segundo o Palácio do Planalto, os líderes discutirão e farão um apelo por mais ações da comunidade internacional em prol de apoio financeiro e “intervenções políticas, inovação e conhecimento, a fim de aprimorar a resiliência climática e a adaptação nos sistemas agrícolas e alimentares na África”.
Nesta sexta-feira 16, Lula participará de uma cerimônia em homenagem aos heróis da Batalha de Adwa, em março de 1896, entre a Etiópia e a Itália. Na sequência, será recebido pelo primeiro-ministro etíope.
Lula e Ahmed devem discutir temas como a cooperação para o desenvolvimento e a promoção do comércio. Em 2023, o intercâmbio comercial entre os países somou 23,8 milhões de doláres, e o governo brasileiro entende existir um “amplo potencial de crescimento dos fluxos”.
Já no sábado 17, Lula deve comparecer à abertura 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana. A entidade reúne 55 países e passou a integrar o G20, grupo presidido neste ano pelo Brasil.
A ideia é aproveitar a presença de diversos chefes de Estado da região para angariar apoio à proposta de criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza na ONU.
Além de Lula, devem participar da assembleia como convidados o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
Nos últimos dois dias, Lula participou de reuniões no Cairo, capital do Egito, onde se encontrou com o presidente Abdel Fatah Al-Sisi e assinou um acordo na área de bioenergia.
O petista também visitou museus e conversou com os egípcios sobre uma possível colaboração para recuperar itens do acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro destruídos em um incêndio em 2018.
Este é o segundo giro de Lula por países da África desde que tomou posse para o terceiro mandato. No ano passado, ele visitou África do Sul, Angola e São Tomé e Príncipe.
A comitiva presidencial é formada pelos ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), Anielle Franco (Igualdade Racial) e Silvio Almeida (Direitos Humanos).
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.