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Após surto e convulsões, homem morre em voo de ministros de Lula à Etiópia

O passageiro chegou a tentar abrir a porta da aeronave, antes de ser contido

Registro de um avião da Ethiopian Airlines em novembro de 2017. Foto: Arquivo/Issouf Sanogo/AFP Photo
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Um homem morreu no início desta quinta-feira 15 durante um voo que levava ministros do governo Lula (PT) à Etiópia, um dos destinos do presidente em seu giro pela África.

O passageiro aparentemente entrou em surto, passou mal e chegou a tentar abrir a porta da aeronave, antes de ser contido. Na sequência, teve convulsões e morreu.

Estavam no avião os ministros:

  • Silvio Almeida, dos Direitos Humanos;
  • Vinicius de Carvalho, da Controladoria-Geral da União;
  • Anielle Franco, da Igualdade Racial; e
  • Wellington Dias, do Desenvolvimento Social.

Até o momento, a Ethiopian Airlines, empresa responsável pelo voo, não divulgou o nome do passageiro, nem a causa da morte. A companhia aérea informou apenas ter tomado “as medidas necessárias”. CartaCapital também procurou o Itamaraty e atualizará esta matéria se obtiver uma resposta.

A viagem do presidente

Lula desembarcou na tarde desta quinta-feira 15 na capital da Etiópia, Adis Abeba, onde terá reuniões fechadas com o primeiro-ministro do país, Abiy Ahmed, e participará da Cúpula da União Africana como convidado.

Além dessas agendas, a previsão é de que o petista participe do evento Financiamento climático para a agricultura e segurança alimentar: Implementação da Declaração de Nairóbi e resultados da COP-28.

Segundo o Palácio do Planalto, os líderes discutirão e farão um apelo por mais ações da comunidade internacional em prol de apoio financeiro e “intervenções políticas, inovação e conhecimento, a fim de aprimorar a resiliência climática e a adaptação nos sistemas agrícolas e alimentares na África”.

Nesta sexta-feira 16, Lula participará de uma cerimônia em homenagem aos heróis da Batalha de Adwa, em março de 1896, entre a Etiópia e a Itália. Na sequência, será recebido pelo primeiro-ministro etíope.

Lula e Ahmed devem discutir temas como a cooperação para o desenvolvimento e a promoção do comércio. Em 2023, o intercâmbio comercial entre os países somou 23,8 milhões de doláres, e o governo brasileiro entende existir um “amplo potencial de crescimento dos fluxos”.

Já no sábado 17, Lula deve comparecer à abertura 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana. A entidade reúne 55 países e passou a integrar o G20, grupo presidido neste ano pelo Brasil.

A ideia é aproveitar a presença de diversos chefes de Estado da região para angariar apoio à proposta de criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza na ONU.

Além de Lula, devem participar da assembleia como convidados o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.

Nos últimos dois dias, Lula participou de reuniões no Cairo, capital do Egito, onde se encontrou com o presidente Abdel Fatah Al-Sisi e assinou um acordo na área de bioenergia.

O petista também visitou museus e conversou com os egípcios sobre uma possível colaboração para recuperar itens do acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro destruídos em um incêndio em 2018.

Este é o segundo giro de Lula por países da África desde que tomou posse para o terceiro mandato. No ano passado, ele visitou África do Sul, Angola e São Tomé e Príncipe.

A comitiva presidencial é formada pelos ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), Anielle Franco (Igualdade Racial) e Silvio Almeida (Direitos Humanos).

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