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Após busca e apreensão, presidente do Peru diz ser alvo de ‘assédio sistemático’

O MP abriu uma investigação contra Dina Boluarte por suspeita de enriquecimento ilícito e falha em registrar declarações em documentos públicos

A presidente do Peru, Dina Boluarte. Foto: Josh Edelson/AFP
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A presidente do Peru, Dina Boluarte, rechaçou, neste sábado 30e, as diligências do Ministério Público em sua residência e no gabinete presidencial, e denunciou “ataque e assédio sistemáticos” em meio às investigações por suspeita de enriquecimento ilícito.

“A medida da madrugada é arbitrária, desproporcional e abusiva”, disse Boluarte em uma mensagem à nação após as operações de busca ordenadas pelo MP.

Chefe de Estado desde dezembro de 2022, a ex-vice-presidente acrescentou que essas ações estão afetando a governabilidade do país.

“A presidente vem sendo atacada sistematicamente e, por isso, a democracia e o Estado de governo são atacados, gerando instabilidade política, social e econômica”, afirmou.

Também de “maneira sistemática, sou acusada com notícias tendenciosas e falsas”, acrescentou Boluarte, que está no centro de um escândalo envolvendo relógios da marca Rolex, que não teria declarado como parte de seu patrimônio.

O Ministério Público abriu uma investigação preliminar contra a presidente por suspeita de enriquecimento ilícito e falha em registrar declarações em documentos públicos, com base nas revelações sobre as joias feitas pela imprensa.

No âmbito das investigações, um grupo de promotores e policiais realizou diligências nesta madrugada em sua residência e no gabinete presidencial, em busca das joias cuja procedência ela não esclareceu.

Boluarte evitou, por “recomendação de seu advogado”, falar publicamente sobre o chamado caso Rolex, até que possa prestar depoimento ao MP, o que está previsto para 5 de abril.

Em sua mensagem, a mandatária insistiu ser vítima de um “ataque e assédio sistemáticos”, e fez um chamado em favor da democracia.

Caso o MP ofereça denúncia por enriquecimento ilícito, Boluarte só responderia em um eventual julgamento depois de julho de 2026, quando termina o seu mandato, conforme estabelece a Constituição.

O escândalo, contudo, pode levar a um pedido de vacância (impeachment) no Congresso, sob alegação de “incapacidade moral”.

Sobre isso, Boluarte defendeu que não se mexa no recurso de vacância ou se fale de antecipar eleições.

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