Mundo
Ambiguidade embaraçosa
Os parceiros ocidentais cobram uma postura mais assertiva de Olaf Scholz em relação à crise na Ucrânia
Quando o novo chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, fechou um acordo de coalizão com seus parceiros liberais-verdes no mês passado, eles prometeram energicamente “se arriscar a ter mais progresso”. Menos de dois meses depois, os aliados de Berlim em Kiev, Washington e nas capitais europeias vizinhas se preocupam, porém, que o país continue preso a antigos hábitos passivos. Enquanto cresce a tensão na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia, eles temem que Scholz retome os instintos em política externa cultivados por seu mais recente antecessor de centro-esquerda, o ex-chanceler Gerhard Schröder, hoje um lobista.
A atitude restritiva à exportação de armas é uma fonte de frustração. Apesar de ser um dos cinco maiores exportadores de armas do mundo, a Alemanha diz que não pode enviar armas letais a zonas de conflito por razões históricas, e em vez disso forneceu à Ucrânia 5 mil capacetes militares, gesto que o prefeito de Kiev descreveu como “uma piada”. O país ainda não assinou a documentação que permitirá que a Estônia dê à Ucrânia nove canhões D-30, o que o chanceler precisa autorizar porque as armas de longo alcance feitas pela União Soviética estiveram estacionadas na Alemanha Oriental.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.