Mundo
Al Jazeera denuncia Exército israelense por deter e espancar um jornalista
Até esta segunda-feira, pelo menos 95 jornalistas e trabalhadores da imprensa foram confirmados como mortos na guerra entre Israel e o Hamas
A emissora catari Al Jazeera informou, nesta segunda-feira (18), que as forças israelenses detiveram e espancaram seu correspondente Ismail al Ghoul durante uma operação no maior hospital de Gaza.
O Exército israelense alegou que estava lutando no hospital Al Shifa contra militantes do grupo islamista palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2007.
Testemunhas afirmaram ter visto ataques aéreos e tanques perto das instalações médicas, superlotadas com pacientes e pessoas deslocadas.
“O Exército de ocupação espancou severamente o correspondente da #AlJazeera, Ismail al Ghoul, antes de detê-lo dentro do complexo médico Al Shifa, em Gaza”, disse a Al Jazeera na rede social X.
O Exército israelense ainda não reagiu a essas acusações.
Uma fonte da Al Jazeera disse à AFP que outras cinco pessoas foram detidas, incluindo a equipe de gravação e técnicos de Ghoul.
A fonte, que falou sob condição de anonimato, afirmou ainda que um tanque israelense destruiu o veículo utilizado por Ghoul e sua equipe.
No mês passado, a emissora acusou Israel de atacar sistematicamente os funcionários da Al Jazeera que trabalham em Gaza.
Até esta segunda-feira, pelo menos 95 jornalistas e trabalhadores da imprensa foram confirmados como mortos na guerra entre Israel e o Hamas, de acordo com o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), que cita “investigações preliminares”.
Destes, 90 eram palestinos, segundo o CPJ.
Dois jornalistas da Al Jazeera morreram na guerra de Israel contra o Hamas em Gaza, e o diretor de seu escritório neste território palestino, Wael al Dahdouh, ficou ferido.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.