Mundo
A nova conversa entre Zelensky e Trump após reunião tensa na Casa Branca
Presidentes da Ucrânia e dos Estados Unidos, que protagonizaram um bate-boca no Salão Oval, voltarão a conversar nesta quarta-feira
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou que conversará nesta quarta-feira 19 com Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. O objetivo, segundo o ucraniano, é tratar dos detalhes de um plano de trégua parcial na guerra contra a Rússia.
A nova conversa ocorre poucos dias depois de Zelensky e Trump protagonizarem, no Salão Oval da Casa Branca, uma tensa discussão. O encontro, que serviria para firmar um acordo entre os dois países, foi encerrado sem assinaturas após um bate-boca entre os políticos.
As relações foram retomadas pouco depois, com um pedido de desculpas de Zelensky após o anúncio de um corte de ajuda financeira e militar dos EUA. Dias mais tarde, os países encaminharam um acordo de cessar-fogo no conflito.
O contato desta quarta será virtual e servirá para discutir os próximos passos do plano de paz, detalhou Zelensky ao confirmar a conversa. A reunião ocorre um dia após Trump conseguir o aval de Vladimir Putin, da Rússia, para uma trégua parcial, que envolve a interrupção de ataques contra instalações de energia na Ucrânia. A medida vale por 30 dias.
Zelensky declarou que não deve aceitar a menor concessão em termos de ajuda à Ucrânia, algo exigido por Putin na negociação. O presidente ucraniano destacou que, ao falar com Trump, deve reforçar o apelo para que a assistência ao país seja ampliada durante o período de trégua parcial.
O presidente da Ucrânia também defendeu nesta quarta-feira que os Estados Unidos fiquem encarregados de supervisionar o cessar-fogo parcial. A proposta, indicou Zelensky, será levada a Trump.
(Com informações de AFP)
CartaCapital
Há 31 anos, a maior referência progressista em jornalismo no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
O que se sabe sobre a trégua limitada firmada entre EUA e Rússia para a guerra na Ucrânia
Por AFP
Ucrânia ataca refinaria de petróleo na Rússia com drones
Por AFP
O que Bukele busca com a prisão midiática dos 261 deportados por Trump?
Por AFP