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A duas semanas da eleição, pesquisa indica segundo turno entre Milei e Massa na Argentina

Levantamento do instituto Opinaia capta temperatura política no país

Javier Milei e Sergio Massa, candidatos à Presidência da Argentina. Foto: Tomas Cuesta/Pool/AFP
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Faltando duas semanas para o primeiro turno das eleições presidenciais na Argentina, uma nova pesquisa de intenção de voto revelou o comportamento eleitoral dos eleitores do país. Publicada nesta sexta-feira 6, o levantamento do instituto Opinaia – que se aproximou do resultado das primárias de agosto – mostra que o segundo turno das eleições deve ser disputado entre o ultralibertário Javier Milei e o atual ministro da Economia, Sergio Massa.

Antes dos números sobre os candidatos, a pesquisa buscou captar uma chave para entender como o eleitorado argentino está lidando com os postulantes à Casa Rosada. No levantamento, três a cada dez eleitores que votaram nas primárias apontaram que foram às urnas em agosto muito insatisfeitos com o cenário político do país. 

Isto posto, o eleitorado que a pesquisa cunhou como “mais irritado” sinalizou que pretende pensar mais sobre como votará no dia 22 (data do primeiro turno).

As intenções de voto captadas pela Opinaia mostraram o seguinte cenário: Javier Milei 33%, Sergio Massa 26%, Patricia Bullrich 23%, Juan Schiaretti 5%, e Myriam Bregman 3%. Há, ainda, 7% de indecisos e 3% que disseram que vão votar em branco. 

Na Argentina, para que um candidato vença a eleição no primeiro turno, é preciso que obtenha, pelo menos, 45% dos votos válidos ou 40% de votos com uma distância mínima de 10% sobre o segundo colocado.

O país aguarda atento ao pleito que definirá não apenas o sucessor de Alberto Fernández, mas que poderá determinar que tipo de Estado estará vigente no futuro imediato. 

A razão da incerteza se deve ao fato de que o primeiro colocado na pesquisa, Milei, tem como plataforma de campanha uma redução substancial do papel do Estado, chegando ao ponto de propor a dolarização da economia e, em caso máximo, a extinção do Banco Central. Some-se a isso uma série de privatizações que Milei já afirmou que pretende fazer, caso seja eleito.

Por outro lado, Sergio Massa vem anunciando, nas últimas semanas, um conjunto de medidas econômicas que visam diminuir a carga tributária e aumentar o repasse de recursos aos trabalhadores. 

Nesta semana, porém, as reservas em dólares do país foram colocadas em xeque: uma operação local investiga possíveis fraudes em dólares de uma série de instituições financeiras da Argentina. O caso fez o dólar disparar sobre o peso e forçou Massa a adotar medidas para restringir operações financeiras na moeda norte-americana.A pesquisa Opinaia ouviu 2.000 eleitores, entre 11 e 20 de setembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

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