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17 caminhões com ajuda entram em Gaza pelo Egito, mas Israel intensifica bombardeios

Israelenses ainda ordenaram a evacuação de comunidades no norte de seu território. No Líbano, milhares de pessoas fugiram

Palestino sentado sobre o que sobrou de uma casa após um ataque israeelense contra Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 22 de outubro de 2023. Foto: Said Khatib/AFP
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Israel bombardeou a Faixa de Gaza em larga escala na madrugada deste domingo 22, depois de anunciar que intensificaria os ataques aéreos antes de uma incursão terrestre, duas semanas após o início da guerra contra o Hamas.

Também neste domingo, um novo comboio, com 17 caminhões carregando ajuda humanitária, entrou em Gaza a partir do Egito.

Segundo o Hamas, que governa o enclave, pelo menos 80 pessoas morreram na madrugada deste domingo. A cidade de Rafah, próximo à fronteira com o Egito no sul, foi um dos alvos dos bombardeios, segundo a agência AFP.

“A partir de hoje, intensificaremos nossos ataques sobre a Faixa de Gaza, com o objetivo de reduzir os riscos para nossas forças nas próximas etapas do conflito”, afirmou no sábado o porta-voz do Exército israelense, general Daniel Hagari.

“Vamos entrar em Gaza, vamos cumprir um objetivo operacional, destruir a infraestrutura e os terroristas do Hamas, e vamos fazer isso com profissionalismo”, declarou, também no sábado, o comandante do Estado-Maior israelense, Herzi Halevi.

As autoridades de Israel informaram que mais de 1.400 pessoas morreram no país no ataque do Hamas em 7 de outubro. Na Faixa de Gaza, ao menos 4.651 palestinos morreram nos bombardeios israelenses.

Os bombardeios também prosseguem no sul de Gaza. As autoridades do Hamas informaram que nove pessoas morreram em um ataque em Khan Yunis na noite de sábado.

Segundo a Organização das Nações Unidas, ao menos 1,4 milhão de palestinos foram deslocados desde o início do conflito, e a situação humanitária no território é “catastrófica”.

A Faixa de Gaza é alvo de um “cerco total” por parte de Israel, sem acesso a água, alimentos e energia elétrica. No sábado, um comboio com ajuda humanitária entrou no território palestino pelo posto de Rafah, na fronteira com o Egito. A passagem, a única não controlada por Israel, voltou a ser fechada após a entrada de 20 caminhões.

A ONU, por sua vez, calcula serem necessários pelo menos 100 caminhões diários para suprir as necessidades dos habitantes de Gaza.

Reforço dos EUA

As hostilidades também alcançaram a fronteira entre o norte de Israel e o sul do Líbano, com ataques recorrentes entre o Exército israelense e o grupo pró-iraniano Hezbollah, aliado do do Hamas.

Diante da “escalada do Irã e de suas forças próximas”, o governo dos Estados Unidos anunciou a ativação de diversos sistemas de defesa antimísseis “em toda a região” e a mobilização prévia de recursos militares adicionais.

Israel ainda ordenou a evacuação de dezenas de comunidades no norte de seu território. No Líbano, milhares de pessoas também fugiram das áreas de fronteira na cidade de Tiro.

Desde 7 de outubro, 90 pessoas morreram na Cisjordânia ocupada em ataques do Exército ou de colonos israelenses, segundo o ministério palestino da Saúde. As Forças de Defesa de Israel anunciaram neste domingo ter matado “agentes terroristas” do Hamas e da Jihad Islâmica, em um ataque aéreo contra uma mesquita na cidade Jenin, Cisjordânia.

Além disso, bombardeios israelenses deixaram os dois principais aeroportos da Síria, em Damasco e Aleppo, fora de serviço, de acordo com a imprensa estatal.

(Com informações da AFP)

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