Citado como possível nome do grupo a desempenhar a articulação politica da presidenta nos próximos anos, o ex-governador da Bahia Jaques Wagner acredita que o principal esforço do governo deve ser no sentido de criar canais de diálogo com os partidos aliados, opositores e o empresariado brasileiro.
“Devemos nos esforçar ara dialogar com todos os setores, aliados ou não, de tal forma que possamos criar um ambiente positivo para a tarefa maior que é imprimir o crescimento mais vigoroso da nossa economia com diminuição de desigualdade e geração de emprego”.
Sobre a possibilidade da criação de uma frente de esquerda cujo objetivo é livrar o governo da dependência do PMDB, o petista afirma ser uma prerrogativa dos partidos, mas que isso não deve ser organizado pelo governo. “Não sei se fragmentar é o melhor caminho. Temos que abrir o diálogo com todos os partidos. A eleição acabou, os motivos de cada um na eleição não são os motivos a longo prazo.”
Derrotado na eleição para governo de São Paulo, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha acredita que o principal desafio de Dilma Rousseff é fazer o Brasil crescer ao passo que garante segurança ao empresariado. “A vitória que ela conquistou após intenso debate sobre dois projetos de país lhe dá autoridade para apresentar um programa que tenha como centro o combate à desigualdade, mas que também garanta a previsibilidade e segurança aos atores econômicos”, afirmou Padilha.
Para o petista, o primeiro passo para que isso seja possível é reagrupar a base política que dá sustentação ao governo. No entendimento de Padilha, esse trabalho será desempenhado pela presidenta em parceria com demais lideranças politicas, em especial o ex-presidente Lula. “Nesse caso, tem tanto o papel da presidenta como o do ex-presidente Lula. Fora do governo ele tem toda capacidade de desenvolver um diálogo com os partidos e com a sociedade.”