Justiça

Zanin será o relator de investigação que apura venda de sentenças por desembargadores

O ministro Francisco Falcão, do STJ, atendeu pedido do STF e divulgou despacho informando sobre a mudança da investigação

Zanin será o relator de investigação que apura venda de sentenças por desembargadores
Zanin será o relator de investigação que apura venda de sentenças por desembargadores
O ministro do STF Cristiano Zanin. Foto: Foto: Nelson Jr./SCO/STF
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A investigação que apura a suspeita de corrupção e venda de sentenças por desembargadores do Mato Grosso do Sul foi encaminhada do Superior Tribunal de Justiça para o Supremo Tribunal Federal. No STF, o caso ficará sob a relatoria do ministro Cristiano Zanin.

O ministro Francisco Falcão, do STJ, atendeu pedido do STF e divulgou despacho informando sobre a mudança da investigação.

“Diante do encerramento do trâmite dos autos neste Tribunal, eventuais pleitos posteriores deverão ser autuados em apartado”, registrou o magistrado, ao repassar a apuração para a instância superior do Judiciário.

O Ministério Público Federal e a Polícia Federal, responsáveis pela investigação, já foram comunicados da decisão, mas ainda não se sabe os motivos que fundamentaram o pedido de mudança do STJ para o STF.

Com a mudança, todo material apreendido, como celulares, computadores, anotações, agendas e mídias eletrônicas, será remetido para o STF, cabendo ao ministro Zanin requisitar à direção da PF uma nova equipe para seguir com a investigação sob sua relatoria.

Pelo menos cinco desembargadores foram afastados pelo STJ de seus cargos, pelo período inicial de 180 dias: Sérgio Fernandes Martins, presidente do TJ-MS; Vladimir Abreu da Silva; Alexandre Aguiar Bastos; Sideni Soncini Pimentel; e Marco José de Brito Rodrigues.

Na operação deflagrada pela PF foram apreendidos diversas armas e mais de R$ 3 milhões em espécie na casa dos investigados. Os magistrados alvos da investigação também serão monitorados por tornozeleira eletrônica até o fim da apuração.

Segundo o Portal da Transparência do Tribunal de Justiça, os desembargadores receberam “supersálarios” que chegam a R$ 200 mil líquidos.

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