Justiça

TJ-SP recebe pela 1ª vez obra que celebra cultura afro-brasileira

O Machado Sagrado ficará exposto no Salão da Biblioteca do Palácio da Justiça, acompanhado de uma descrição informativa

TJ-SP recebe pela 1ª vez obra que celebra cultura afro-brasileira
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Créditos: Paulo Santana / TJSP
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O Tribunal de Justiça de São Paulo realizou, na quinta-feira 9, a cerimônia de entronização do Oxê de Xangô, o Machado Sagrado, símbolo de Justiça, equilíbrio e igualdade para os povos tradicionais de matriz africana.

A cerimônia aconteceu no gabinete do presidente do TJSP, desembargador Fernando Antonio Torres Garcia. O ato contou com a presença de representantes religiosos, culturais e jurídicos que lideraram a iniciativa, magistrados e servidores do TJSP.

Entre os presentes estava Arethuza Doria d’Oyá, yálàsé do Omidayè e consultora dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana (Potmas) da Comissão Estadual da Verdade da Escravidão Negra no Brasil da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Rio de Janeiro (Cevenb OAB-RJ), que idealizou a doação.

A entronização tem como objetivo enaltecer a busca pela construção de uma sociedade mais igualitária. De origem africana, o Machado Sagrado de Xangô possui lâminas duplas, cada uma com olhos que simbolizam a capacidade de enxergar a verdade sob diferentes perspectivas. A peça foi uma doação do artista Diego, Joalheiro dos Orixás, que também participou da cerimônia.

Em São Paulo, o Machado ficará exposto no Salão da Biblioteca do Palácio da Justiça, sede do TJSP, acompanhado de descrição informativa. Os Tribunais de Justiça do Rio de Janeiro e da Bahia já receberam o símbolo e o objetivo do grupo é alcançar todas as Cortes do Brasil.

O presidente do TJSP, o desembargador Fernando Antonio Torres Garcia, afirmou que a iniciativa reforça as políticas de inclusão no Judiciário. Procuramos abrir espaço para a igualdade. Vamos colocar esse símbolo em um local acessível aos milhares de visitantes do Palácio da Justiça, o que demonstra nosso compromisso com o respeito e a diversidade”, disse. Ele também lembrou os desafios históricos e a necessidade de ações contínuas. “Anos de desrespeito não se superam da noite para o dia, mas plantamos a semente e vamos regar com firmeza e responsabilidade”, concluiu.

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