STF retoma discussão sobre Marco Temporal para definir regras para demarcação de terras

Definição sobre as indenizações aos ocupantes das terras indígenas voltará a ser debatida nesta quarta-feira

Indígenas comemoram vitória sobre marco temporal, mas estão alertas à continuidade do julgamento - @kamikiakisedje / APIB

Apoie Siga-nos no

Poucos dias após rejeitar, por 9 votos a 2, o Marco Temporal, o Supremo Tribunal Federal volta a debater o tema nesta quarta-feira 27. A intenção é definir a tese que, por ser de repercussão geral, servirá de parâmetro para os mais de 200 casos que aguardam definição.

O Marco Temporal dizia que os indígenas somente teriam direito às terras que estavam em sua posse em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal. Esta interpretação, como citado, foi considerada equivocada pelos ministros.

Restam ainda a serem discutidos alguns pontos, sendo o mais importante deles a definição sobre eventuais indenizações.

Ministros, em diferentes formatos, defenderam que os atuais ocupantes de boa-fé das terras que serão demarcadas recebam um valor, que poderia incluir o valor da terra nua.

Os ministros ainda pretendem debater eventuais compensações aos indígenas que disputam terras já estabelecidas, que se transformaram em cidades, por exemplo.

Há também questões a serem debatidas e resolvidas sobre o papel do Estado na disputa. Pelo caminhar das discussões, a permissão dada pela União, estados e municípios aos ocupantes, em muitos casos, tende a gerar responsabilização dos entes públicos.


Última sessão de Rosa Weber

Essa será a última sessão da ministra Rosa Weber como presidente do tribunal superior. Oficialmente, no entanto, ela seguirá como ministra até o dia 1º de outubro, quando se aposenta definitivamente.

A presidência do tribunal passa, na quinta-feira, para as mãos de a Luís Roberto Barroso. A previsão é de que, ao final da discussão, ela seja homenageada pelos colegas de Corte.

 

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.