STF homologa plano da União para retirada de invasores de terras indígenas do Pará

Novo plano foi requisitado pelo ministro Luís Roberto Barroso após constatação da continuidade da crise Yanomami

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso. Foto: Gustavo Moreno/SCO-STF

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O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, homologou o plano apresentado pela União para a retirada de invasores de terras indígenas do Pará. A decisão foi oficializada na terça-feira 5.

O plano prevê a desintrusão em terras dos povos Yanomami, Karipuna, Uru-Eu-Wau-Wau, Kayapó, Araribóia, Mundurucu.

A homologação do plano aconteceu em uma ação que analisa o descumprimento de preceitos fundamentais. A Corte busca compreender se o poder público foi omisso na proteção das comunidades indígenas, colocando em risco a saúde e a subsistência da população indígena.

A apresentação de um novo plano de desintrusão foi determinada pelo ministro em novembro de 2023, com a constatação da continuidade da crise Yanomami.

O ministro afirmou que o novo plano apresentado é mais detalhado e extenso que o anterior, contendo a participação de diversos órgãos, com um conjunto de ações de maior intensidade de repressão, investigação e inteligência contra os invasores.

Barroso ressaltou que a União ficará responsável por enviar relatórios semestrais com informações sobre as ações que foram empreendidas no sentido de retirar os invasores.


Os documentos devem apontar o cumprimento de metas e as medidas corretivas implementadas.

Entre as medidas que constam do plano da União está a retirada ou abatimento de animais apreendidos em terras indígenas, o monitoramento das áreas visando impedir o retorno dos invasores e a regulamentação do poder de polícia da FUNAI, com condições materiais e treinamento necessário para o exercício nas terras indígenas.

Segundo Barroso, as operações promovidas na área até o momento “demonstram avanço significativo no processo de desintrusão”, no entanto, “medidas estruturais complementares devem ser adotadas”.

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1 comentário

15 de maio de 2024 01h37

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