Justiça

STF defendeu democracia apesar de ‘custo pessoal’, diz Barroso em despedida da presidência da Corte

Ministro comandou sua última sessão como presidente da Corte

STF defendeu democracia apesar de ‘custo pessoal’, diz Barroso em despedida da presidência da Corte
STF defendeu democracia apesar de ‘custo pessoal’, diz Barroso em despedida da presidência da Corte
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso. Foto: Luiz Silveira/STF
Apoie Siga-nos no

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, disse nesta quinta-feira 25 que a Corte cumpriu seu dever de manter o Estado de direito no País, apesar do “custo pessoal” que os ministros pagaram, uma referência às sanções impostas pelos Estados Unidos a ministros da Corte.

A declaração foi feita durante a última sessão do ministro à frente do STF. Na próxima semana, Barroso completará mandato de dois anos e será sucedido pelo ministro Edson Fachin no comando da Corte.

“Apesar do custo pessoal de seus ministros e o desgaste de decidir as questões mais divisíveis da sociedade brasileira, O STF cumpriu bem o seu papel de preservar o Estado de direito e de promover dos direitos fundamentais”, afirmou. Barroso disse que, devido ao “mundo polarizado”, o Congresso não consegue votar as questões necessárias para o Brasil, e a tarefa fica para a Corte.

“Há complexidades nesse modelo que reserva para o STF esse papel, porém, cabe enfatizar que esse é o arranjo institucional que nos proporcionou 37 anos de democracia e estabilidade institucional. Nesse período não houve desaparecidos [políticos], ninguém foi torturado, aposentado compulsoriamente e todos os meios de comunicação se manifestam livremente”, completou.

Na próxima segunda-feira 29, os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes tomarão posse nos cargos de presidente e vice-presidente, respectivamente. Fachin sucederá a Barroso, que completará mandato de dois anos no cargo.

(Com informações da Agência Brasil).

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo