Justiça

STF decidirá se união estável pode ser convertida retroativamente em casamento

O tema tem repercussão geral – ou seja, o que a Corte decidir servirá de parâmetro para todas as instâncias da Justiça

STF decidirá se união estável pode ser convertida retroativamente em casamento
STF decidirá se união estável pode ser convertida retroativamente em casamento
Plenário do STF. Foto: Gustavo Moreno/STF
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O Supremo Tribunal Federal definirá se é possível converter uma união estável em casamento de forma retroativa. No mês passado, a maioria dos ministros decidiu que o tema tem repercussão geral – ou seja, o que a Corte concluir servirá de parâmetro para todas as instâncias da Justiça em casos semelhantes.

Ainda não há uma data marcada para o julgamento.

O caso concreto envolve um casal que, desde 1995, vivia em regime de união estável. Em 2006, para que os dois filhos tivessem direito à cidadania austríaca, eles pediram a conversão da união estável em casamento, mas com efeitos retroativos.

A Justiça só deferiu a conversão a partir de 2017, quando saiu a decisão, o que levou o casal a reiterar o pedido de retroatividade em uma nova ação em 2019. Na ocasião, eles acrescentaram outra demanda, para alterar o regime de bens.

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios determinou a exclusão do pedido de retroatividade, porque o tema já havia sido decidido. Como isso não ocorreu, houve a extinção do processo. O caso chegou, então ao STF, onde tramita sob a relatoria de Flávio Dino.

O ministro defendeu a repercussão geral dos dois temas tratados no recurso: o momento em que começam os efeitos da conversão da união estável em casamento e a decisão do TJ-DFT de não examinar todos os pedidos do processo porque um deles já havia sido resolvido.

Segundo Dino, a discussão trata da extensão da proteção devida pelo Estado às famílias formadas inicialmente por meio da união estável, depois convertida em casamento. Assim, para o relator, as duas questões vão além do interesse pessoal das partes.

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