Justiça

STF decide reabrir investigação contra Valdemar Costa Neto por trama golpista

PF apontou que o dirigente partidário teria apoiado e financiado questionamentos à integridade das urnas eletrônicas

STF decide reabrir investigação contra Valdemar Costa Neto por trama golpista
STF decide reabrir investigação contra Valdemar Costa Neto por trama golpista
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Foto: Evaristo Sá/AFP
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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu,  nesta terça-feira 21, reabrir investigação contra o presidente nacional do PL Valdemar Costa Neto por suposto envolvimento na trama golpista de 2022. Apenas o ministro Luiz Fux votou contra retomar a apuração.

Os integrantes do colegiado seguiram o entendimento do ministro Alexandre de Moraes, apresentado durante o voto no julgamento dos sete réus do núcleo 4 do golpe. A Polícia Federal chegou a indiciar Valdemar na trama golpista, mas ele não foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República.

De acordo com as investigações, o dirigente partidário teria apoiado e financiado questionamentos à integridade das urnas eletrônicas e teve um papel central na propagação de dúvidas sobre o sistema eleitoral. O caso envolve a multa que o Tribunal Superior Eleitoral aplicou ao PL por pedir, sem provas, a verificação extraordinária do resultado do segundo turno das eleições.

Moraes mencionava a conduta do presidente do Instituto Voto Legal, Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, um dos réus do núcleo 4, quando mencionou Valdemar. Rocha foi condenado a a sete anos e seis meses pelos crimes de organização criminosa e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Ele foi responsável por produzir um relatório que criava falsas suspeitas de fraudes em parte das urnas utilizadas nas eleições de 2022. Foi com esse documento que o PL acionou o TSE pedindo a anulação dos votos.

Valdemar será investigado pelos dois crimes nos quais o presidente do Instituto Voto Legal foi enquadrado. A reportagem perguntou ao dirigente se ele comentaria a decisão, mas ainda não obteve retorno. O espaço para manifestação segue aberto.

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