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STF decide não compartilhar imagens com acusados de agredir Moraes em Roma
Defesa dos acusados queria acessar as imagens com a intenção de produzir uma perícia privada no material
O Supremo Tribunal Federal decidiu nesta sexta-feira 22 por não compartilhar as imagens que retratam suposta agressão ao ministro Alexandre de Moraes, em um aeroporto de Roma, com a defesa dos empresários acusados de hostilizarem o magistrado.
O plenário seguiu a decisão do relator do caso, o ministro Dias Toffoli, que colocou à disposição a íntegra da gravação, mas negou a extração da filmagem das câmeras de segurança do aeroporto.
Toffoli foi seguido pelos ministros Gilmar Mendes, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Cristiano Zanin.
André Mendonça e Kássio Nunes Marques chegaram a divergir parcialmente do relator e propuseram manter os vídeos sob sigilo, mas permitir que a PGR tivesse acesso integral à mídia. Antes do fim da votação, porém, ambos mudaram de posição e passaram a acompanhar o relatório de Toffoli. Moraes se declarou impedido.
A defesa dos acusados queria acessar as imagens com a intenção de produzir uma perícia privada no material, compartilhado pela polícia italiana.
Segundo a Polícia Federal brasileira, a análise das imagens corroboram com a versão apresentada pelo ministro.
As autoridades policiais concluíram que o empresário Roberto Mantovani “aparentemente” bateu com hostilidade no rosto do ministro, assim como aponta que a confusão teria sido iniciada pela mulher do empresário.
As imagens vão de encontro a versão apresentada pela família que hostilizou Moraes.
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