O Supremo Tribunal Federal confirmou que um preso por envolvimento no 8 de Janeiro tentou suicídio no último sábado 9, no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Claudinei Pego da Silva foi contido por agentes prisionais, encaminhado a um hospital e depois retornou ao presídio.
Ele foi detido dentro do Palácio do Planalto durante a invasão golpista aos prédios dos Três Poderes. A prisão foi mantida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.
Silva foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por diversos crimes, entre eles associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
A tentativa de suicídio logo deu tração aos rumores de que Moraes teria mantido o réu preso mesmo sabendo de supostos problemas de saúde. Em comunicado divulgado nesta terça-feira 12, porém, o Supremo afirmou que em nenhum momento a defesa de Silva “apresentou informações sobre qualquer comorbidade”.
A nota da Corte menciona ainda que o réu apresenta “diversos registros policiais e judiciais, como posse irregular de arma de fogo, ameaça, dano, além de violência doméstica” – fatos que foram considerados para a manutenção da prisão preventiva.
O processo contra Silva pela participação no 8 de Janeiro deve ser julgado em sessão virtual do Supremo marcada para começar na próxima sexta-feira 15. A análise do caso só terminará em 5 de fevereiro, em razão do recesso judiciário.
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