Justiça

Soltura de Lula após liminar está na mãos de juíza linha-dura

Carolina Lebbos tem histórico de decisões contrárias ao ex-presidente, chegando a proibir visita de Comissão de Direitos Humanos do Senado

Soltura de Lula após liminar está na mãos de juíza linha-dura
Soltura de Lula após liminar está na mãos de juíza linha-dura
Carolina Lebbos é a mais jovem dos juizes de execução penal de
Apoie Siga-nos no

Carolina Lebbos recebeu o apelido de Algoz de Lula (divulgacão)

Em decisão liminar monocrática, o ministro Marco Aurélio Mello acatou nesta quarta-feira 19 o pedido do PCdoB e determinou a soltura de todos os encarcerados após condenação em segunda instância. A decisão abre espaço para a soltura de Lula, preso há quase nove meses em Curitiba.

Agora cabe a cada advogado pedir que o juiz responsável pela execução de pena efetive a soltura. No caso do ex-presidente Lula, a responsável é  Carolina Lebbos, juíza da 12ª Vara de Execuções Penais. A defesa já apresentou pedido e exige sua soltura imediata.

Caso a juíza não se manifeste até as 19h, quando começa o plantão da Justiça Federal Paranaense, o pedido ficará nas mãos do plantonista José Antonio Savaris.

A juíza Lebbos, no entanto, tem um histórico de decisões desfavoráveis ao ex-presidente. Já negou visita de governadores, também proibiu que jornalistas o entrevistassem dentro da prisão.

Este mês, ela chegou proibir uma visita da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado visitasse Lula para “verificar as condições físicas e psicológicas do ex-presidente”. Lebbos foi apelidada de “A algoz de Lula”.

Há ainda dois caminhos que podem barrar a decisão de Marco Aurélio Mello. O Ministério Público, por meio da procuradora Raquel Dodge, pode apresentar um mandado de segurança, a ser distribuído dentro do plantão. Caberia então ao presidente do Supremo cassar a decisão nessa caso. “Traria uma grande exposição negativa, mas pode acontecer”, avalia o advogado Fernando Hideo, criminalista e professor de Direito Processual Penal da Escola Paulista de Direito.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo