Justiça

STJ decide que Robinho deve cumprir pena por estupro coletivo no Brasil

Ministro defendeu a transferência da pena para que ‘não haja impunidade por causa da nacionalidade’

STJ decide que Robinho deve cumprir pena por estupro coletivo no Brasil
STJ decide que Robinho deve cumprir pena por estupro coletivo no Brasil
O jogador Robinho. Foto: Douglas Magno/AFP
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O Superior Tribunal de Justiça decidiu nesta quarta-feira 20 que o ex-jogador Robinho deve cumprir pena por estupro no Brasil. O placar foi nove a dois pelo cumprimento de pena no País.

O jogador foi condenado na Itália a 9 anos de prisão por estupro. O julgamento aconteceu porque a Constituição impede a extradição de brasileiros natos para cumprimento de penas no exterior.

Como Robinho está no Brasil, a Itália requereu que ele seja preso no País. Logo, o julgamento não trata do mérito das acusações, mas do aval ao cumprimento de pena em território nacional.

“Entendo que não há óbice constitucional para homologação da execução da pena. A sentença foi confirmado pelo tribunal de Milão, que é a autoridade competente. Houve trânsito em julgado da sentença condenatório. O requerido [Robinho] não foi julgado à revelia na Itália, estava representado”, afirmou Francisco Falcão, relator do caso.

O ministro defendeu a transferência da pena para que “não haja impunidade por causa da nacionalidade” de Robinho e afirmou que a não homologação poderia provocar problemas diplomáticos entre Brasil e Itália.

“Negar a transferência da pena pelo simples fato de ser brasileiro poderá acarretar consequências gravosas à relação Brasil e Itália com relação a execução do tratado”, acrescentou o magistrado.

Segundo a votar, o ministro Raul Araújo abriu divergência e se manifestou contra a possibilidade de a pena ser cumprida no Brasil. Apenas ele e Benedito Gonçalves votaram contra.

A Corte Especial do STJ é composta por 15 ministros. Por isso, para a homologação, era necessário o voto favorável da maioria simples dos ministros presentes.

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