O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) acusa oito familiares de Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, de formarem uma “organização criminosa”.
Documentos da quebra de sigilo bancário dos parentes, divulgados pelo jornal O Globo, mostram que esse núcleo da investigação da “rachadinha” no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro tinha o hábito de sacar várias vezes 500 reais de suas respectivas contas, sempre próximo às datas de pagamento.
Dos 9.859 saques entre 2007 e 2018, 4.294 foram nesse mesmo valor — o equivalente a 44% de todas as operações feitas. Os valores somaram um total de R$ 2,1 milhões.
Segundo o MP, os familiares da ex-madrasta de Flávio “sacavam quase a integralidade dos salários recebidos na Alerj para repassar os valores em espécie a outros integrantes da organização criminosa”.
Juntos no banco
Em 354 oportunidades, ao menos dois parentes de Ana Cristina foram ao banco no mesmo dia e realizaram a mesma quantidade de saques, no mesmo valor.
Há ocasiões em que mais da metade do núcleo investigado esteve no banco para realizar saques, no mesmo dia e com a mesma frequência.
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