Justiça
Procurador esfaqueia juíza dentro de tribunal em São Paulo
Segundo os seguranças do TRF-3, o procurador afirmou que deveria ter entrado armado no tribunal “para fazer o que Janot deixou de fazer”
O procurador da Fazenda Nacional Matheus Carneiro Assunção foi preso, nesta quinta-feira 3, depois de tentar matar uma juíza na sede do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que fica na avenida Paulista.
O caso aconteceu no final do dia quando Assunção invadiu o gabinete da juíza Louise Filgueiras, convocada para substituir o desembargador Paulo Fontes, em férias, e chegou a acertar uma facada em seu pescoço.
Antes de atacar a juíza, o procurador foi primeiro ao gabinete do desembargador Fábio Prieto de Souza, no 22º andar da Corte, mas ele não estava no local, já que participava de uma sessão.
Segundo informações iniciais da Polícia Federal, Louise teve cortes no pescoço, mas passa bem. O procurador foi levado para a sede da PF na Lapa, Zona Oeste de São Paulo e aguarda julgamento. A juíza deve prestar depoimento na PF.
Segundo revelou o portal Consultor Jurídico (Conjur), quem viu o procurador se movimentar pelo tribunal comentou que ele parecia em estado de surto e intercalava frases sem sentido com de efeito sobre “acabar com a corrupção no Brasil”.
Ao ser imobilizado, o procurador se mostrou confuso. Segundo os seguranças que o detiveram, Assunção afirmou que deveria ter entrado armado no tribunal, “para fazer o que Janot deixou de fazer”.
Procurada, a assessoria do Tribunal ainda não se manifestou sobre o caso.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.


