O Ministério Público do Trabalho notificou, na quinta-feira 16, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, por “constrangimento no trabalho”, após a divulgação de vídeo em que funcionários fazem flexão em evento de fim de ano da instituição.
A notificação, assinada pelo procurador do trabalho Paulo Neto, informa que a conduta pode configurar “assédio moral” e recomenda que tal comportamento não se repita, sob risco de sanção.
“Recomenda ao senhor Pedro Duarte Guimarães, que na condição de presidente da Caixa Econômica Federal, abstenha-se de submeter os empregados do banco a flexões de braço e outras situações de constrangimento no trabalho ou dele recorrente sob pena de instauração de procedimento investigatório e adoção de medidas administrativa e judiciais cabíveis”, escreveu o procurador.
Após a viralização do vídeo nas redes sociais, sindicatos criticaram a postura do presidente do banco.
O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e Funcionários do Município do Rio de Janeiro afirmou que a presidência da Caixa tem adotado medidas de “cunho político eleitoral”.
Segundo o sindicato, o banco proibiu que funcionário se vistam de vermelho no horário de expediente.
O pedido para fazer flexões pode estar supostamente relacionado com a demonstração de força física feita pelo presidente Jair Bolsonaro em mais de um episódio, quando desafia outras pessoas a praticar flexões de braço.
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