O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu na reta final de 2023 soltar mais dois presos por envolvimento nos atos golpistas de 8 de Janeiro. Foram beneficiados o empresário Luiz Antonio Villar de Sena e o veterinário César Guimarães Galli Júnior, ambos alvos da 19ª etapa da Operação Lesa Pátria, em 25 de outubro.
A liberdade é provisória e está condicionada a medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de acessar redes sociais e o cancelamento de passaportes.
A decisão de Moraes, assinada em 19 de dezembro, decorre da avaliação de que o Centro de Ressocialização Industrial de Várzea Grande, em Mato Grosso, não tem condições de oferecer os cuidados de saúde dos quais os dois necessitam.
“Atento a essas particularidades e considerada a presença de comorbidades, a necessidade de tratamento específico, e a informação de que o estabelecimento carcerário não teria condições de prestar o tratamento adequado para todas, é possível a substituição da prisão preventiva anteriormente decretada por medidas cautelares”, escreveu o ministro.
Villar de Sena era dono de uma loja de pneus em Cuiabá. Na tarde de 8 de Janeiro, ele postou um vídeo nas redes sociais. “Faz uma hora que nós invadimos. E o pessoal do quartel está chegando agora, está chegando o pessoal que estava no quartel ainda, faz uma hora que nós entramos e o pessoal do quartel está chegando”, dizia a gravação. “Isso aí, gurizada, o pessoal chegou agora do quartel, está chegando, ainda está chegando, faz mais de hora que tá chegando, e vai subir a rampa.”
Galli Júnior, por sua vez, entrou na mira da investigação a partir de registros das redes sociais. O veterinário chegou a desativar perfis, mas imagens mostraram uma foto que teria sido tirada por ele na qual se vê uma pichação no prédio do STF.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login