PGR pede que Nikolas Ferreira explique sociedade em empresa que recebeu verba de campanha

Representação aponta que o parlamentar recebeu parte das cotas sociais da Destra Cursos dois meses após ser eleito

O deputado federal Nikolas Ferreira. Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

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A Procuradora-Geral da República deu prazo de 15 dias para que o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) explique a participação dele em uma empresa aberta em Minas Gerais em setembro do ano passado, que recebeu recursos de campanha dias após ser criada. A informação é do site Correio Brasiliense e foi publicada na noite desta quinta-feira.

Conforme representação enviada ao órgão, a sociedade Destra Cursos LTDA recebeu valores de Bruno Engler, que era candidato a prefeito da capital em 2020, quando Nikolas foi eleito para vereador. Os dois envolvidos fizeram campanha eleitoral juntos. 

O documento que serviu de base para a abertura do procedimento contra o deputado foi feito pelo jornalista Diego Feijó de Abreu, que apresentou comprovantes que a empresa Destra recebeu 67 mil reais para prestar serviços para a campanha de Bruno, em setembro. 

Dois meses depois, em novembro, Nikolas recebeu 15% das coas sociais da empresa, à época avaliadas em 45 mil reais. 

Porém, conforme registra a denúncia do jornalista ao MP, a entrada do deputado na sociedade somente foi oficializada em fevereiro deste ano. A Destra Cursos teria ligação com um site que Nikolas usa para vender cursos pela internet.

“O representante aduz, ainda, que tal inovação teria estreita relação com site utilizado pelo Deputado Federal Nikolas Ferreira para a venda de seus cursos, soudestra.com.br”, destaca a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo.


“Pelo exposto, determina-se a expedição de ofício ao Deputado Federal Nikolas Ferreira de Oliveira, preferencialmente por meio eletrônico, com cópia do presente despacho, para que, caso queira, apresente resposta, no prazo de(15) quinze dias, acerca das mencionadas representações”, completa a vice-procuradora, no documento.

Nikolas ainda não se pronunciou sobre o caso.

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