Justiça

PGR pede ao Supremo manutenção da prisão de Rivaldo Barbosa, suspeito de envolvimento no caso Marielle

Ex-delegado foi preso em março de 2024

PGR pede ao Supremo manutenção da prisão de Rivaldo Barbosa, suspeito de envolvimento no caso Marielle
PGR pede ao Supremo manutenção da prisão de Rivaldo Barbosa, suspeito de envolvimento no caso Marielle
O delegado Rivaldo Barbosa é apontado como um dos mandantes da morte de Marielle Franco. Fotos: Tomaz Silva/Agência Brasil e Reprodução
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A Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal a manutenção da prisão de Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que é acusado de ser um dos mentores da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.

No pedido, feito nesta segunda-feira 31, o órgão respondeu a uma demanda da defesa de Rivaldo, que argumentou que a prisão deve ser revogada pelo fato de que, como não houve denúncia contra, não haveria motivos para a manutenção da prisão. 

A defesa ainda diz que ele foi preso sob a falsa alegação de que teria obtido vantagem indevida para obstruir as investigações sobre o caso Marielle e Anderson. Rivaldo está preso desde março de 2024.

A PGR, através do vice-procurador-geral da República Hindenburgo Chateaubriand, diz que a prisão se justifica pelo fato de que Ronnie Lessa, que confessou o assassinato de Marielle de Anderson, já disse em depoimento que Rivaldo colaborou no planejamento do crime. Segundo Lessa, ele, como delegado, teria protegido os mandantes.

Uma das maneiras de dificultar a investigação do caso foi indicar o delegado Giniton Lages para tratar da investigação. Assim, segundo a PGR, houve um esquema de corrupção desenvolvido para impedir a punição dos dois principais acusados do crime: o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) e o conselheiro do TCE-RJ Domingos Brazão. Ambos estão presos e negam envolvimento com o crime.

“Não há dúvida, portanto, de que a prisão preventiva se mantém necessária pelos mesmos fundamentos que a justificaram, sendo absolutamente desimportante, nesse contexto, o fato de ainda não se encontrar indiciado por eventuais crimes de peculato atualmente sob investigação”, aponta a PGR.

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