Justiça

PF vê suspeita de desvio de emendas e pede novo inquérito contra Chiquinho Brazão

Há suspeitas, ainda, de lavagem de dinheiro envolvendo os negócios do clã Brazão

Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa. Os três presos por mandar matar Marielle. Fotos: Reprodução
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A Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura de quatro inquéritos para investigar indícios de crimes identificados em meio às apurações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). Os alvos das investigações são os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa.

Os três foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República como mandantes do homicídio e estão presos. Com o avançar das investigações, a PF identificou um possível esquema de destinação de emendas parlamentares de deputados federais do Rio. Há suspeitas, ainda, de lavagem de dinheiro envolvendo os negócios do clã Brazão no setor imobiliário.

A análise dos aparelhos apreendidos nas buscas e apreensões determinadas pelo STF apontou, segundo relatórios enviados ao ministro Alexandre de Moraes, atividades ilícitas ligadas aos irmãos Brazão.

Os indícios sobre o suposto esquema de desvio de emendas foram descobertos após apreensão do celular de Robson Calixto da Fonseca, ex-assessor do gabinete de Domingos Brazão no Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Ele foi preso no último dia 9, sob acusação de ter intermediado uma reunião entre os irmãos Brazão e do miliciano Ronnie Lessa.

De acordo com a PF, Wendre Dias, auxiliar de Chiquinho Brazão, teria enviado mensagens a Robson pedindo a aprovação de emendas que totalizam 4 milhões de reais. A suspeita é que o ex-assessor do TCE atuasse como intermediário nessas transações, lidando com a transferência de grandes quantias.

Grande parte das emendas eram destinadas a contas da ONG Contato, que esteve envolvida no escândalo da Fundação Ceperj (Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro) e cuja sócia é filha de Robson.

No relatório, a PF diz considerar que o envio do dinheiro para uma única empresa provavelmente tinha como fim a “obtenção de vantagens indevidas”. Com o pedido de abertura do inquérito, os investigadores vão apurar se os valores eram repassados a outras pessoas.

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