Justiça

PF ouvirá Mourão sobre telefonema de Bolsonaro antes de depoimento na ação do golpe

O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou que a nova oitiva ocorra em até 15 dias

PF ouvirá Mourão sobre telefonema de Bolsonaro antes de depoimento na ação do golpe
PF ouvirá Mourão sobre telefonema de Bolsonaro antes de depoimento na ação do golpe
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS). Foto: Pedro França/Agência Senado
Apoie Siga-nos no

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) preste um novo depoimento à Polícia Federal na ação que mira a trama golpista após as eleições de 2022. A nova oitiva deve ocorrer em até 15 dias, segundo a decisão assinada nesta segunda-feira 2.

Mourão, vice-presidente da República no governo de Jair Bolsonaro (PL), esclarecerá se foi pressionado pelo ex-presidente a ajustar sua versão antes de ser ouvido na semana passada. A suspeita de pressão indevida decorre de um telefonema do ex-capitão, réu na Corte, um dia antes de o senador prestar esclarecimentos ao STF na condição de testemunha.

Ao site Metrópoles, Mourão disse que a conversa foi “genérica” e relatou um pedido de Bolsonaro para reforçar, durante a oitiva, que o ex-presidente nunca mencionou uma articulação golpista.

Moraes acolheu um pedido da Procuradoria-Geral da República, que apontou possível “constrangimento, intimidação ou coação” sobre Mourão.

“Revela-se necessário, a priori, a oitiva da testemunha a fim de averiguar a veracidade e a extensão dos fatos veiculados, possibilitando a formação de um juízo de valor fundamentado e esclarecido sobre a matéria, antes da adoção de outras medidas eventualmente necessárias ao caso”, escreveu o procurador-geral, Paulo Gonet Branco.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo