Justiça

PF mira presidente da Câmara de João Pessoa em operação sobre aliciamento de eleitores

O suposto esquema envolveria ameaças, controle de território e coação para o voto a fim de exercer influência no pleito

PF mira presidente da Câmara de João Pessoa em operação sobre aliciamento de eleitores
PF mira presidente da Câmara de João Pessoa em operação sobre aliciamento de eleitores
Dinho Dowsley, presidente da Câmara Municipal de João Pessoa — Foto: CMJP/Divulgação
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Agentes da Polícia Federal cumpriram, nesta sexta-feira 18, sete mandados de busca e apreensão em mais uma fase da investigação sobre um suposto aliciamento violento de eleitores com auxílio da facções criminosas em João Pessoa (PB). Um dos alvos foi o presidente da Câmara de Vereadores, Dinho Dowsley (PSD).

O suposto esquema criminoso, de acordo com os investigadores, envolveria ameaças, controle de território e coação para o voto a fim de exercer influência no pleito.

Reeleito para seu quinto mandato, Dowsley também foi afastado do cargo por ordem da Justiça Federal paraíbana. Ainda terá de usar tornozeleira eletrônica e está impedido de frequentar o bairro onde, segundo a PF, eleitores teriam sido aliciados e ameaçados.

Em nota, o vereador negou qualquer envolvimento no esquema e disse ser alvo de “ilações maliciosas”, cujos motivos seriam “meramente eleitoreiros”.

Batizada de Livre Arbítrio, a operação da PF foi realizada em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba.

As investigações da PF e da Polícia Civil sobre o aliciamento violento de eleitores têm marcado o debate em João Pessoa desde antes do primeiro turno. No início de setembro, candidatos que disputam contra o atual prefeito se reuniram e pediram à Justiça Eleitoral que o pleito contasse com tropas federais.

Luciano Cartaxo (PT), Marcelo Queiroga (PL) e Ruy Carneiro (Podemos) alegam que Cícero Lucena, que tenta a reeleição, possui ligações com o crime organizado. O trio relatou dificuldades para fazer campanhas em muitas comunidades porque estaria sendo impedido por facções.

A campanha de Cícero Lucena rebateu as acusações e disse que os adversários se uniram em prol de “um festival de preconceito, mentiras e ataques às instituições”. Também afirmou, em nota, que a tese levantada pelos candidatos busca macular sua imagem e a da capital paraíbana.

Cícero Lucena e Marcelo Queiroga disputarão o segundo turn oem 27 de outubro.

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