Justiça

PF investiga cooperação de Carlos Bolsonaro com gabinete do ódio

Nome do vereador, filho do presidente Jair Bolsonaro, é citado 43 vezes no inquérito dos atos antidemocráticos

O vereador Carlos Bolsonaro. Foto: Câmara Municipal do Rio de Janeiro
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O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, é citado ao menos 43 vezes no inquérito que investiga o financiamento de atos antidemocráticos, que atualmente corre no Supremo Tribunal Federal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo, que teve acesso aos documentos.

Um amigo próximo de Carlos teria colaborado para que um dos sites de apoio ao governo, o Foco do Brasil, reestruturasse seu canal, que chega a faturar 140 mil reais por mês, segundo a Polícia Federal.

Tércio Arnaud Tomaz, apontado como integrante do “gabinete do ódio”, repassaria imagens do presidente Jair Bolsonaro para que o canal as veiculasse com exclusividade.

Tércio é assessor especial da Presidência da República e, ao mesmo tempo, chegou a cuidar das páginas do “Bolsonaro Opressor” nas redes sociais. O assessor também foi apontado como administrador da página “Bolsonaro Newsss”, derrubada pelo Facebook por veicular notícias falsas.

Segundo o Estadão, a PF investiga se assessores de Carlos trabalharam para a campanha de Bolsonaro em 2018. Também tem sido apurado se o filho do presidente passa algum tipo de “orientação” para os depoimentos, já que ao menos dois investigados alegaram que falaram com Carlos na manhã do dia de seus esclarecimentos.

Carlos prestou depoimento no dia 10 de setembro e negou a existência do Gabinete do Ódio.

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