Justiça

Pesquisa revela desgaste na avaliação positiva do STF; confira os dados

Em dezembro do ano passado, segundo o PoderData, o grupo que avaliava o trabalho da Corte como ‘bom ou ótimo’ somava 31%; um ano depois, a parcela da população que tem essa visão é de apenas 19%

Pesquisa revela desgaste na avaliação positiva do STF; confira os dados
Pesquisa revela desgaste na avaliação positiva do STF; confira os dados
Imagem: Nelson Jr./STF
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O Supremo Tribunal Federal terminou o ano de 2023 avaliado positivamente por apenas 19% dos brasileiros. Os dados são da nova pesquisa PoderData, divulgada nesta sexta-feira 22.

O resultado revela um desgaste no grupo de apoiadores do trabalho da Corte. Em dezembro de 2022, o tribunal contava com 31% de avaliações ‘bom ou ótimo’ sobre o seu trabalho. A queda, portanto, é de 12 pontos percentuais.

Os que avaliaram o desempenho da Suprema Corte como ‘ruim ou péssimo’ são 37%. Em dezembro de 2022, eram 40%. 

Os dados da série histórica da pesquisa mostram que a Corte vive o seu pior momento entre os brasileiros neste final de 2023.

Recentemente, uma queda na aprovação também foi registrada pela pesquisa Datafolha. Naquele momento, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, minimizou os dados. Segundo ele, “o valor do STF não pode ser medido por pesquisa”.

Lula X Bolsonaro

Os resultados desta sexta-feira sobre o trabalho do STF monitorados pela PoderData são bastante distintos quando separados entre eleitores de Lula versus apoiadores de Jair Bolsonaro.

A Corte, mostra a pesquisa, é pior avaliada pelos brasileiros que tentaram eleger o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022, do que por aqueles que declararam ter escolhido Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Entre os que votaram o ex-capitão, apenas 11% avaliam positivamente o órgão máximo do Poder Judiciário. A taxa aumenta para 25% entre os que apoiaram Lula. 

Já os petistas que avaliam negativamente a Corte somam 33%. O índice chega a 42% entre aqueles que afirmam voto em Bolsonaro no 2º turno da eleição. 

Para os resultados, a pesquisa entrevistou 2.500 pessoas, por telefone, entre os 16 a 18 de dezembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o nível de confiança do levantamento é de 95%.

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