Justiça
MPF vai ao STJ para que réu no caso Bruno e Dom seja levado a júri popular
Em setembro, o TRF1 rejeitou levar o caso de Oseney ao júri popular por insuficiência de provas


O Ministério Público Federal apresentou, nesta terça-feira 1º, um recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que seja mantido o júri popular de Oseney da Costa Oliveira, réu por pelo assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips.
Para o MPF, ele, juntamente com os réus Amarildo da Costa Oliveira e Jefferson da Silva Lima, deve ser julgado por duplo homicídio qualificado.
No último dia 17 de setembro, ao analisar recurso da defesa dos acusados, a 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) manteve o julgamento de Amarildo e Jefferson pelo Tribunal do Júri, no entanto, rejeitou a sentença de pronúncia contra o réu Oseney, irmão de Amarildo, por insuficiência de provas.
O MPF, insiste que há elementos indicativos da participação de Oseney no crime. Conforme aponta o MPF, há prova testemunhal colocando Oseney na cena dos crimes, inclusive com detalhes do encontro com seu irmão Amarildo no dia e hora dos assassinatos, como o relato de que Amarildo estaria esperando pelo irmão, em sua embarcação, e de que estava com pressa para encontrar Amarildo.
Há também a confissão de Jefferson, que diz que Amarildo convocou Oseney e outros parentes para que fossem atrás de Bruno Pereira e que eles saíram em perseguição.
Amarildo e Jefferson serão julgados por duplo homicídio qualificado e pela ocultação dos cadáveres das vítimas. Os dois continuam presos. Oseney aguarda a finalização do julgamento do caso em prisão domiciliar.
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