Justiça

MPF pede arquivamento de inquéritos civis contra Anderson Torres e Ibaneis por suposta omissão no 8 de Janeiro

Investigações apuravam se o ex-secretário de Segurança e governador do DF praticaram improbidade administrativa

MPF pede arquivamento de inquéritos civis contra Anderson Torres e Ibaneis por suposta omissão no 8 de Janeiro
MPF pede arquivamento de inquéritos civis contra Anderson Torres e Ibaneis por suposta omissão no 8 de Janeiro
Múcio deixou o Comando Militar do Planalto nas mãos de um general nomeado por Bolsonaro. Dino confiou em Ibaneis, traído por Torres - Imagem: Lúcio Bernardo/Ag. Brasília r Marcelo Carmago/ABR
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O Ministério Público Federal pediu o arquivamento de inquéritos civis que apuravam responsabilidades do ex-secretário de Segurança, Anderson Torres e do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), durante os atos golpistas na capital, em 8 de Janeiro de 2023.

As investigações apuravam suposta improbidade administrativa por parte dos agentes estatais.

Os arquivamentos foram motivados pela impossibilidade de apontar elementos que possam configurar atitudes dolosas por parte do ex-secretário e do governador que pudessem ter permitido ou facilitado o acesso dos bolsonaristas aos prédios sedes dos Três Poderes.

Conforme a defesa de Torres, “a independência funcional e o alto nível técnico do Ministério Público Federal foram decisivos para demonstrar a inocência do ex-ministro Anderson Torres, em relação aos lamentáveis atos do 8 de janeiro”.

Além de responderem ao inquérito civil, a dupla ainda é investigada criminalmente perante o Supremo Tribunal Federal, no procedimento que investiga as responsabilidades das autoridades pelos atos golpistas.

A dupla é suspeita de omissão e conivência com os atos de vandalismo em Brasília. Ambos negam as acusações.

Dias antes dos ataques, Anderson Torres antecipou as suas férias e foi ao encontro de Jair Bolsonaro (PL), nos Estados Unidos.

Antes de viajar, o então secretário de segurança pública do DF exonerou diversos funcionários de inteligência, deixando o órgão “acéfalo”, o que supostamente permitiu que a movimentação golpista encontrasse o caminho livre.

Já o governador Ibaneis Rocha foi afastado do cargo à época por determinação do ministro Alexandre de Moraes.

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