O Ministério Público Federal (MPF) abriu um inquérito, nesta segunda-feira 23, para apurar as medidas contra a discriminação racial adotadas por supermercados, shoppings, bancos e pela Polícia Federal.
O anúncio ocorre quatro dias após o espancamento até a morte de João Alberto Silveira Freitas, homem negro de 40 anos, em unidade da rede de hipermercados Carrefour, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
A iniciativa é da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão no Rio de Janeiro (PRDC), órgão do MPF.
Serão convidadas a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), para discutir ações contra o racismo junto a representantes de organizações do movimento negro.
Para procuradores, o caso João Alberto evidencia falha na fiscalização de empresas de segurança privada por parte da Polícia Federal, especialmente no que se refere à formação dos profissionais, já que os episódios de agressão contra negros são recorrentes. O MPF apura ocorrências similares no Rio de Janeiro e em Maceió.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login