Justiça

MP-SP pede nova prisão de dono da Ultrafarma após empresário não pagar fiança

Sidney Oliveira foi solto sob condição de depositar R$ 25 milhões; defesa afirma que prazo ainda não venceu

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O empresário Sidney Oliveira, da Ultrafarma – Foto: Divulgação
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O Ministério Público de São Paulo apresentou, na quinta-feira 21, um novo pedido de prisão contra o empresário Sidney Oliveira, fundador da rede Ultrafarma, por descumprimento das medidas cautelares impostas após sua soltura. O motivo é o não pagamento da fiança de 25 milhões de reais, determinada pela Justiça na última semana.

Sidney havia deixado a prisão na sexta-feira 15, mediante uso de tornozeleira eletrônica e entrega do passaporte, mas a quitação da fiança foi considerada fundamental pelo juiz Paulo Fernando Deroma de Mello “diante do altíssimo poder econômico dos requeridos, bem como da gravidade concreta e do provável prejuízo aos cofres públicos”.

Em nota, a Ultrafarma afirmou que está colaborando com as investigações e que “as informações veiculadas serão devidamente esclarecidas no decorrer do processo e demonstrará a inocência no curso da instrução”. A marca também disse que “segue comprometida com a transparência, a legalidade e o trabalho legítimo, sobretudo com a confiança que milhões de brasileiros depositam diariamente na empresa”.

Já a defesa de Sidney sustenta que o empresário ainda tem prazo até esta sexta-feira 22 para efetuar o depósito e, portanto, não estaria em atraso.

Sidney Oliveira foi preso em 12 de agosto durante a Operação Ícaro, que investiga um suposto esquema bilionário de corrupção e ressarcimento irregular de créditos de ICMS. Além do empresário, auditores fiscais e operadores do esquema também foram detidos. O diretor da Fast Shop, Mário Otávio Gomes, foi outro alvo da operação.

A Fast Shop, em nota, declarou que “está colaborando integralmente com as autoridades” e reforçou que as investigações correm sob sigilo judicial. A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, por fim, informou que instaurou um procedimento administrativo para apurar a conduta do auditor fiscal envolvido e pediu compartilhamento das informações ao Ministério Público.

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