Justiça

MP Eleitoral vê ‘incompetência’ do TSE e defende rejeitar ação de Boulos contra Tarcísio

No dia do segundo turno, o governador afirmou, sem apresentar provas, que o PCC havia recomendado voto no candidato do PSOL

MP Eleitoral vê ‘incompetência’ do TSE e defende rejeitar ação de Boulos contra Tarcísio
MP Eleitoral vê ‘incompetência’ do TSE e defende rejeitar ação de Boulos contra Tarcísio
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) votou ao lado do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Foto: Nelson Almeida/AFP
Apoie Siga-nos no

O Ministério Público Eleitoral defendeu a rejeição de uma ação movida por Guilherme Boulos contra Tarcísio de Freitas (Republicanos) após o governador afirmar no dia do segundo turno, sem apresentar evidências, que a facção criminosa Primeiro Comando da Capital teria orientado voto no então candidato do PSOL à prefeitura da capital.

O caso foi enviado à análise do MPE pelo ministro Kassio Nunes Marques, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral. O parecer do órgão partiu do vice-procurador-geral Alexandre Espinosa Bravo Barbosa.

Boulos acionou o TSE após o governador alegar ter ciência de que o PCC orientou familiares e integrantes a votar no psolista, adversário do prefeito Ricardo Nunes (MDB). O deputado federal pede a cassação de Tarcísio por abuso de poder politico e uso indevido dos meios de comunicação.

No documento, o representante do MP Eleitoral argumenta que o caso deve tramitar no Superior Tribunal de Justiça ou no Supremo Tribunal Federal. “No caso em questão, imputa-se suposta prática de delito eleitoral por governador de estado, resultando do contexto a incompetência desse TSE para o processamento e julgamento do feito.”

Além do governador, Nunes é alvo da ação — eles estavam juntos quando a declaração foi proferida. A defesa de Boulos argumentou que a dupla usava adesivos com o número de urna do prefeito no momento da acusação, em uma “ação coordenada no intuito de influenciar o eleitorado”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo