MP denuncia duas pessoas por morte de PM no Guarujá por não terem impedido o tiro

Promotores apontaram que os dois partícipes deveriam conter a ação do atirador

Operação Escudo - Mastrangelo Reino/Governo de SP

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O Ministério Público de São Paulo denunciou três acusados pelo assassinato do soldado da Rota Patrick Bastos dos Reis, no Guarujá, litoral paulista.

Segundo a denúncia, dois dos envolvidos devem ser responsabilizados por “não terem impedido o crime”.

A manifestação da promotoria se baseou no relatório final da investigação, que indiciou Marco Antonio de Assis Silva e Kauã Jazon da Silva por homicídio apenas porque eles não teriam impedido o autor de atirar. O documento foi obtido pelo UOL.

“São responsáveis na medida de sua participação (…), visto que dividiam as funções [ligadas ao tráfico de drogas no local] e nada fizeram para conter a ação de Deivinho [principal suspeito de matar o PM]”, diz o documento.

A lei penal brasileira não obriga civis a impedir que alguém cometa crimes. Erickson David da Silva, o Deivinho, foi preso apontado como o responsável por atirar contra o policial. Ele nega participação no crime.

A morte do soldado da Rota desencadeou pelo menos 16 mortes durante a Operação Escudo, deflagrada pela polícia paulista na Baixada Santista.


O governo de Tarcísio de Freitas promete manter a ação por pelo menos um mês. O bolsonarista e seu secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, têm defendido a conduta policial e minimizado o número de mortes. Enquanto isso, entidades de defesa dos direitos humanos confirmam ter recebido relatos de tortura.

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