Justiça

Moraes vota por condenar 5 réus do núcleo 2 da trama golpista e poupa delegado

O julgamento ocorre na Primeira Turma. Restam os votos de três ministros

Moraes vota por condenar 5 réus do núcleo 2 da trama golpista e poupa delegado
Moraes vota por condenar 5 réus do núcleo 2 da trama golpista e poupa delegado
O ministro Alexandre de Moraes, do STF. Foto: Luiz Silveira/STF
Apoie Siga-nos no

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, relator da ação penal contra o núcleo 2 da trama golpista, votou por condenar cinco dos seis réus. A análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República ocorre na Primeira Turma.

Em seu voto, Moraes condenou os seguintes réus pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração do patrimônio público:

  • Filipe Martins (ex-assessor internacional da Presidência da República)
  • Marcelo Câmara (coronel da reserva do Exército e ex-assessor da Presidência)
  • Mário Fernandes (general da reserva do Exército)
  • Silvinei Vasques (ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal)

Por falta de provas e dúvida razoável, porém, o relator absolveu o delegado da Polícia Federal Fernando de Oliveira de todas as imputações. Quanto a Marília Ferreira de Alencar, ex-diretora de Inteligência da PF, votou pela condenação apenas por organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

O ministro destacou a participação dos integrantes do núcleo 2 nas ações de monitoramento de autoridades, no uso político da Polícia Rodoviária Federal e na omissão diante dos atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023.

Este é o último núcleo a ser julgado no STF por tentativa de golpe de Estado neste ano. Depois de Moraes, votarão os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino, nesta ordem.

(Em atualização)

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo