Justiça
Moraes vota para tornar réus mais 200 denunciados por 8 de Janeiro
Essa é a segunda leva de golpistas que chega para análise do STF. Na primeira, 100 denunciados se tornaram réus após a maioria dos ministros acompanharem o relator do caso
O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou na noite desta segunda-feira 25 o julgamento de mais 200 envolvidos nos atos golpistas de 8 de Janeiro. Primeiro a votar, o ministro Alexandre de Moraes decidiu pelo recebimento das denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os acusados.
Essa é a segunda leva de golpistas que chega para análise do STF. Na primeira, 100 denunciados se tornaram réus após a maioria dos ministros acompanharem o relator do caso. Ao todo, a PGR já denunciou 1.390 pessoas por atos antidemocráticos, sendo 239 no núcleo dos executores, 1.150 no núcleo dos incitadores e uma pessoa no núcleo que investiga suposta omissão de agentes públicos.
A votação desta segunda leva de envolvidos na tentativa de golpe vai até às 23horas e 59 minutos da próxima terça-feira 2. Na modalidade virtual, os ministros depositam os votos de forma eletrônica e não há deliberação presencial.
Com a divulgação do voto do ministro, que é relator das denúncias, os demais nove ministros da Corte também podem começar a votar. Caso o voto de Moraes prevaleça entre os demais ministros, os denunciados se tornarão réus e responderão por crimes como: associação criminosa armada; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.
Os advogados dos acusados, em suma, defendem a rejeição das denúncias sob argumento de que a PGR não conseguiu individualizar as condutas dos acusados nos atos golpistas. Apesar de não dar publicidade à integra da denúncia, a Procuradoria-Geral sustenta ter coletado comprovações suficientes para a acusação, como imagens, mensagens e depoimentos.
Presos
Conforme levantamento do STF, das 1,4 mil pessoas que foram presas no dia dos ataques, 294 (86 mulheres e 208 homens) continuam no sistema penitenciário do Distrito Federal. Os demais foram soltos por não representarem mais riscos à sociedade e às investigações.
(Com informações de Agência Brasil)
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