Justiça

1ª Turma do STF respalda Moraes e confirma por 5 a 0 a suspensão do Rumble no Brasil

O julgamento na Primeira Turma da Corte ocorre no plenário virtual até a próxima sexta-feira 14

1ª Turma do STF respalda Moraes e confirma por 5 a 0 a suspensão do Rumble no Brasil
1ª Turma do STF respalda Moraes e confirma por 5 a 0 a suspensão do Rumble no Brasil
O ministro Alexandre de Moraes, do STF. Foto: Rosinei Coutinho/STF
Apoie Siga-nos no

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu, por unanimidade, manter a suspensão da plataforma de vídeos Rumble no Brasil.

O colegiado chancelou a decisão do ministro Alexandre de Moraes que bloqueou a rede até a indicação de um representante legal no País, o pagamento de multas e o cumprimento de decisões judiciais. Votaram por referendar a ordem, além do próprio Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.

O julgamento, realizado no plenário virtual, terminou na noite desta sexta-feira 14.

Em seu voto, Moraes defendeu a manutenção da ordem de bloqueio e voltou a dizer que a plataforma comete “abuso no exercício da liberdade de expressão para a prática de condutas ilícitas”.

“Observe-se que não se trata de novidade a instrumentalização das redes sociais, inclusive da RUMBLE INC., para divulgação de diversos discursos de ódio, atentados à democracia e incitação ao desrespeito ao Poder Judiciário nacional”, escreveu.

Moraes destacou também que a instrumentalização “contribuiu para a tentativa de golpe de Estado e atentado contra as instituições” em 8 de Janeiro de 2023.

Fundado em 2013, o Rumble é definido por seu CEO, Chris Pavlovski, como uma plataforma de vídeos “imune à cultura do cancelamento”. Bolsonaristas cujos perfis foram bloqueados no Youtube, a exemplo do influenciador Monark, têm divulgado seus conteúdos na plataforma norte-americana.

A rede também entrou com um processo judicial contra Moraes nos Estados Unidos por suposta violação da soberania norte-americana ao mandar bloquear a conta do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos.

A empresa Trump Media & Technology Group, comandada pelo presidente dos EUA Donald Trump, também assina a ação. Allan é alvo de um mandado de prisão preventiva desde 2021 e está foragido. O pedido para descumprir decisões do ministro, no entanto, foi rejeitado pela Justiça americana.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo