Justiça

Moraes nega pedido de ‘kid preto’ para participar de acareação entre Mauro Cid e Braga Netto

Hélio Ferreira Lima não obteve sucesso na tentativa de convencer o ministro da importância da sua presença na reunião que vai colocar o general e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro frente a frente

Moraes nega pedido de ‘kid preto’ para participar de acareação entre Mauro Cid e Braga Netto
Moraes nega pedido de ‘kid preto’ para participar de acareação entre Mauro Cid e Braga Netto
Alexandre de Moraes, ministro do STF. Foto: Ton Molina/STF
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O ‘kid preto’ Hélio Ferreira Lima teve seu pedido para participar presencialmente da acareação entre Mauro Cid e Walter Braga Netto negado nesta segunda-feira 23. A decisão é assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército preso por participação na trama golpista, tentava convencer Moraes da importância da sua participação na audiência que vai colocar o general frente a frente com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, programada para a manhã desta terça-feira 24.

Para Moraes, porém, não há motivos relevantes que sustentem o pedido. O ministro citou, por exemplo, o fato de o ‘kid preto’ não ser réu neste processo, que se debruça apenas sobre o núcleo 1 da trama golpista.

“O réu HÉLIO FERREIRA LIMA não é parte na presente ação penal, consequentemente, não há necessidade em sua participação na acareação entre os réus MAURO CÉSAR BARBOSA CID e WALTER SOUZA BRAGA NETTO, uma vez que, não está processualmente habilitado a participar”, explicou Moraes.

Apesar de negar o pedido, o ministro informou, no despacho, que poderá disponibilizar eventual prova produzida durante a audiência caso ela seja de interesse da defesa do militar.

Ferreira Lima está preso desde novembro de 2024 por participação na empreitada golpista. A suspeita é de que ele tenha participado do plano que previa o assassinato de autoridades, entre eles os atuais presidente e vice, Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB). Moraes também seria um dos alvos.

O tenente-coronel também é acusado de integrar o grupo que produzia e divulgava informações falsas sobre as eleições de 2022, com o objetivo, segundo a polícia, de “estimular seguidores a permanecerem na frente de quartéis e instalações, no intuito de criar o ambiente propício para o Golpe de Estado”.

Em maio deste ano, ele se tornou réu – junto com outras nove pessoas – na ação que apura a atuação do chamado núcleo 3 da trama golpista.

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