O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a Polícia Federal tome o depoimento do influenciador bolsonarista Monark no prazo de dez dias.
A decisão, assinada nesta quarta-feira 21, foi tomada no âmbito do inquérito que investiga os atos golpistas de 8 de Janeiro.
Moraes já havia determinado, na semana passada, que a PF ouvisse Monark em cinco dias sobre declarações feitas durante transmissões nas redes sociais.
A defesa do influenciador, porém, pediu mais tempo para entender as acusações de que ele é alvo. O ministro deferiu a solicitação.
Monark também teve seus perfis no Twitter, no Rumble, no Discord e no Telegram suspensos por ordem do magistrado. No despacho, Moraes ainda o proibiu de voltar a publicar informações falsas sobre os tribunais e fixou multa diária de 10 mil reais em caso de descumprimento.
Não é a primeira vez que Monark entra na mira da Corte. O influenciador já havia sido alvo de uma determinação de Moraes a impor o bloqueio de suas contas em redes sociais após a invasão bolsonarista aos prédios dos Três Poderes, mas ele criou outros perfis e voltou a fazer postagens falsas.
Em uma delas, Monark disse que a Justiça estaria “disposta a garantir uma não transparência nas eleições”.
O youtuber ficou conhecido nacionalmente em fevereiro de 2022, após defender no Flow Podcast a possibilidade de existir um partido nazista, algo proibido por lei. Em meio à repercussão, ele foi demitido do programa e disse que estava bêbado quando fez as declarações.
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