Justiça

Moraes adia para quarta-feira o depoimento de ex-comandante da Aeronáutica

O ex-chefe da FAB é considerado peça-chave para entender a trama golpista e o envolvimento do ex-presidente

Moraes adia para quarta-feira o depoimento de ex-comandante da Aeronáutica
Moraes adia para quarta-feira o depoimento de ex-comandante da Aeronáutica
O ex-comandante da Força Aérea Brasileira, Carlos de Almeida Baptista Júnior, e o ex-presidente Jair Bolsonaro durante a cerimônia militar de promoção de Graduados do Quadro Especial de Sargentos (QESA), na Base Aérea de Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, adiou para esta quarta-feira 21 o depoimento de Carlos de Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), na ação que investiga a trama golpista. Ele seria ouvido nesta segunda-feira 19, mas o militar disse a Moraes que não poderia comparecer.

O ex-chefe da FAB é considerado uma peça-chave para entender a trama golpista e o envolvimento do ex-presidente. Em depoimento à Polícia Federal no ano passado, Carlos afirmou que Bolsonaro articulou, pessoalmente, para convencer as Forças Armadas e outros agentes políticos a promoverem uma ruptura democrática.

Em determinado momento, Baptista Jr. disse que Bolsonaro chegou a ser alertado que, caso insistisse na trama, receberia voz de prisão. Segundo o militar, o único do alto comando das Forças a embarcar no plano foi o almirante Almir Garnier, à época, chefe da Marinha.

A expectativa do STF é que as oitivas das testemunhas do Núcleo 1 aconteçam até o dia 2 de junho. Nesta segunda prestaram depoimento as seguintes testemunhas: Éder Lindsay Magalhães Balbino, Clebson Ferreira de Paula Vieira, Adiel Pereira Alcântara e Marco Antônio Freire Gomes.

Eles foram interrogadas tanto pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, que atua como acusador, quanto pelos advogados de defesa dos réus. A audiência foi dirigida pelo relator do caso, Moraes, com a participação da ministra Cármen Lúcia e dos ministros Luiz Fux e Cristiano Zanin.

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