Ministério Público denuncia três pessoas por abordagem a Aras em Paris

Dois professores e uma defensora pública são acusados dos crimes de injúria e calúnia contra o PGR

Parcialidade. Amigo dos golpistas, Aras está sob suspeita no processo - Imagem: Leonardo Prado/PGR/MPF

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O Ministério Público Federal ofereceu denúncia contra três pessoas pela abordagem feita ao procurador-Geral da República, Augusto Aras, em Paris. 

Dois professores e uma defensora pública são acusados dos crimes de injúria e calúnia perante a Justiça Federal de São Paulo. 

Aras foi questionado pelos manifestantes sobre as suspeitas de irregularidades no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) enquanto estava de férias com a família na capital francesa.

“E aí, procurador? Dar rolezinho em Paris é legal, e abrir processo, procurador? Vamos lá investigar, procurador, ou vai continuar engavetando? Vamos lá fazer o seu trabalho?”, diz uma pessoa não identificada em trecho de vídeo que circulou nas redes sociais.

O trio ainda cobrou o PGR a investigação do escândalo do MEC e outros casos suspeitos durante a gestão do ex-capitão.

“Vamos investigar o bolsolão do MEC, pastor fazendo reunião, o Bolsonaro gastando milhões em Viagra para o Exército. Cadê investigação, procurador? Aqui em Paris tem nada para encontrar, não. Tem que procurar lá em Brasília”, mostra o vídeo. 


A defesa dos professores Felipe e Mírian Cristina de Moura Garrido disse à Folha que “a rigor, não foram preferidos xingamentos e muito menos imputações de crimes ao PGR, mas questionamentos sobre o exercício de sua função”.

Na visão da advogada, não haveria cometimento de conduta ilícita, e sim exercício da liberdade de expressão e de direitos políticos da cidadania.

A defesa da defensora pública Laura Joaquim Taveira não quis se manifestar, bem como o PGR.

O pedido agora será analisado formalmente por um juiz federal e após será aberto prazo para as defesas dos acusados se manifestarem. 

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