Justiça

Militar que disse saber quem mandou matar Marielle deve prestar novo depoimento, diz diretor-geral da PF

Andrei Passos ainda afirmou que a PF irá compartilhar informações obtidas na Operação Venire com o inquérito que investiga o assassinato da vereadora

Militar que disse saber quem mandou matar Marielle deve prestar novo depoimento, diz diretor-geral da PF
Militar que disse saber quem mandou matar Marielle deve prestar novo depoimento, diz diretor-geral da PF
Vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018. Foto: Renan Olaz/CMRJ Marielle Franco (Foto Renan Olaz/ CMRJ)
Apoie Siga-nos no

A Polícia Federal vai repassar as informações obtidas durante a Operação Venire, que investiga a falsificação de dados sobre vacinas de covid-19, para o inquérito sobre a morte da vereadora carioca Marielle Franco e seu motorista, em 2018.

A ligação entre os casos foi estabelecida após os investigadores interceptarem diálogos entre Ailton Barros, ex-major do Exército, e Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Nas mensagens, Barros diz saber quem seria o mandante do assassinato de Marielle.

“Eu sei dessa história da Marielle toda, irmão, sei quem mandou. Sei a p*** toda. Entendeu?”, diz trecho transcrito pela PF em relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal. Ambos os militares estão presos por ordem do ministro Alexandre de Moraes.

De acordo com o diretor-geral da PF, Andrei Passos, Barros será convocado a esclarecer as declarações sobre o crime. Após ser preso, ele ficou em silêncio diante dos investigadores. O novo depoimento ainda será marcado.

“Certamente, ele [o ex-major] vai ser inquirido novamente sobre isso, assim como análise dos materiais, outros interrogatórios que a gente venha a fazer”, afirmou durante conversa com jornalistas nesta quinta-feira 4.

Marielle Franco foi morta a tiros enquanto voltava de um evento político no Rio de Janeiro em março de 2018. No curso das primeiras investigações, os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz foram presos acusados do crime, mas o mandante e as motivações ainda não foram elucidadas.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo