Milícia digital se reorganizou e tenta ganhar aderência da comunidade internacional, diz PF

As investigações apontam que o grupo montou estrutura fora do Brasil para tentar escapar das ordens judiciais brasileiras

Sede da Polícia Federal na Asa Norte, em Brasília — Foto: PF/Divulgação

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A Polícia Federal aponta, no relatório encaminhado ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, que o X (ex-Twitter) está viabilizando a “reorganização da Milícia Digital” ao permitir que investigados no inquérito das milícias digitais possam promover lives na plataforma, mesmo com as contas suspensas por ordem judicial. 

O objetivo, segundo a PF, é “obter a aderência de parcela da comunidade internacional com afinidade ideológica com o grupo investigado para impulsionar o extremismo do discurso de polarização e antagonismo aos poderes constituídos no país”. 

“Os investigados intensificaram a utilização da estrutura da milícia digital fora do território brasileiro com os objetivos de se furtar ao cumprimento das ordens judiciais e tentar difundir informações falsas”, diz relatório da corporação.

As informações fazem parte do documento enviado ao STF na noite de sexta-feira 19, que se debruça sobre as ameaças de Elon Musk, dono da rede social X, de reativar perfis bloqueados por ordem judicial.

“Os investigados nunca cessaram suas condutas criminosas. No entanto, nesse momento, vislumbra-se uma reorganização da milícia digital dentro dos limites da jurisdição brasileira, com a reativação dos perfis na plataforma X, por meio da disponibilização aos usuários brasileiros de links para acompanharem lives transmitidas fora do País pelos investigados”, conclui a PF. 

 


Com informações da Agência Brasil 

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1 comentário

joao medeiros 21 de abril de 2024 00h06
Está gente vive do ódio, divisão social e mentiras. Os marqueteiros de guerras, morte e degradação da moral social.

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