Kakay: ‘O pré-sal foi liquidado. A interesse de quem?’

O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro cobra uma investigação sobre a atuação de Moro

Kakay denuncia os abusos do ­ ex-juiz desde o início da Lava Jato – Imagem: Diego Bresani

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Advogado criminalista que calcula ter defendido quatro presidentes da República e 80 governadores, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, foi uma das primeiras vozes a se levantar contra os abusos do ex-juiz Sergio Moro e dos procuradores de Curitiba, ainda no início da Operação Lava Jato. Ligado aos desdobramentos processuais desde o primeiro dia do inquérito, por assumir a defesa do doleiro Alberto Youssef, Kakay sempre denunciou o papel político cumprido por Moro e pela força-tarefa comandada por Deltan Dallagnol.

Moro hoje almeja a Presidência da República e Kakay pede que a conduta do ex-juiz na Lava Jato seja objeto de investigações mais aprofundadas: “O Brasil tem o direito de saber”. O advogado questiona quais interesses estiveram e estão por trás do pré-candidato pelo Podemos. “O pré-sal foi liquidado. A interesse de quem?”, questiona. Kakay também critica o contrato de trabalho estabelecido entre Moro e a empresa de consultoria norte-americana Alvarez & Marsal, que atua no gerenciamento de verbas oriundas das empresas brasileiras quebradas pela Lava Jato: “Como imaginar um indigente intelectual fazendo um contrato desses?”

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2 comentários

Atlas 7 de fevereiro de 2022 11h03
O Brasileiro precisa entender que o Brasil não existe sozinho e está inserido em um jogo internacional mafioso onde muitos têm medo do Brasil assumir a sua verdadeira posição no mundo. Sem dúvida somos o país mais rico do mundo em recursos naturais, e só não estamos bem posicionados no jogo global pela insistência de alguns poucos em manter a população em completa ignorância sobre a realidade do mundo. A máfia do Petróleo é muito mais perigosa que qualquer cartel de drogas ou sequestradores e eles estiveram por trás do Moro, do Vem pra Rua, do MBL, dos Black Blocs. Lembrem-se que os protestos de 2013 eram sobre o aumento das passagens de ônibus, a violência policial, e outras questões amplas que não tinham nada a ver com a Presidenta Dilma nem a Petrobrás.
PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 4 de fevereiro de 2022 22h42
O advogado Kakay sabe das coisas, um dos melhores do país. Pois bem, Moro sempre foi uma fraude, mas que serviu para interesses alienígenas escusos, disso qualquer cidadão brasileiro por menos politizado que seja não pode ter dúvidas. Mas até aonde vai a ousadia do ex juiz, que está sendo desnudado e desmascarado de todas as suas falcatruas jurídicas, e agora políticas? A ciência do Direito não se desvia de seu curso evolutivo, nem nas vagas especulações, numa espécie de metafísica jurídica, numa plêiade de ideias gerais enfeixadas em frases feitas a engambelar quem quer que seja. O núcleo dessa ciência é outro, a própria vida. O direito nasce da vida e à vida serve. A mutabilidade da vida, com suas novas e frequentes exigências não se coaduna com fraudes, preconceitos, prejuízos. O que Moro fez foi gravíssimo, ele atentou contra o Estado brasileiro, contra a democracia. Terá que fazer acerto de contas com a história e até mesmo com a justiça, para o bem do Brasil.

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