Justiça

Mendonça dá mais 30 dias para que acordos de leniência da Lava Jato sejam renegociados

Decisão atendeu a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU)

Mendonça dá mais 30 dias para que acordos de leniência da Lava Jato sejam renegociados
Mendonça dá mais 30 dias para que acordos de leniência da Lava Jato sejam renegociados
O ministro André Mendonça, do STF. Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF
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O Supremo Tribunal Federal (STF) atendeu a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para que autoridades e empresas tenham mais tempo para terminarem seus acordos de leniência no âmbito da Operação Lava Jato.

A decisão foi tomada na última quarta-feira 21 pelo ministro André Mendonça. No despacho, o magistrado deu trinta dias para que os acordos sejam concluídos.

Esta é a terceira prorrogação do prazo, e não haverá outras. A AGU apontou que os acordos que não forem firmados até o final do novo prazo serão considerados concluídos.

A ação é de autoria do PSOL, do PCdoB e do Solidariedade, que questionam os acordos de leniência assinados antes do Acordo de Cooperação Técnica (ACT), criado em 2020. O ACT serviu para estabelecer regras mais específicas para a prática processual.

Na ação, a AGU argumentou que uma greve recente na Controladoria-Geral da União (CGU) impediu que as negociações fossem finalizadas em tempo hábil. Ainda segundo a AGU, autoridades e empresas ainda não fecharam as datas para os pagamentos das dívidas.

Acordos sob revisão

Os acordos de leniência que estão sob renegociação envolvem empresas envolvidas há tempos com a operação. Entre elas, estão as empreiteiras Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Braskem, Novonor (antiga Odebrecht), Metha (antiga OAS), Nova Participações (antiga Engevix) e UTC Engenharia.

Somadas, as multas impostas pela Justiça chegam a quase 12 bilhões de reais. As empresas argumentam que não conseguem arcar com os valores.

Basicamente, o novo prazo dado por Mendonça servirá para que se possa chegar à formalização do cronograma do pagamento da dívida. Além disso, será preciso formatar os instrumentos de renegociação da AGU e da CGU.

Em meio às negociações, há dúvidas sobre como os saldos dos débitos serão corrigidos e quais serão as garantias no processo de quitação.

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