Justiça

Justiça torna réu homem apontado como mandante das mortes de Bruno Pereira e Dom Phillips

Colômbia, que na verdade é peruano, já havia sido indiciado pela Polícia Federal (PF) como mandante do crime

Justiça torna réu homem apontado como mandante das mortes de Bruno Pereira e Dom Phillips
Justiça torna réu homem apontado como mandante das mortes de Bruno Pereira e Dom Phillips
O Indigenista Bruno Araújo e o jornalista Dom Phillips. Foto: Daniel Marenco | Reprodução
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A Justiça Federal no Amazonas aceitou a denúncia do Ministério Público Federal e tornou réu Rubén Dario Villar, conhecido como Colômbia, apontado como mandante das mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips.

Em junho, Colômbia foi denunciado pelo MPF como mandante das mortes. A denúncia foi apresentada ao juízo da Subseção Judiciária Federal de Tabatinga (AM) pelo procurador da República Guilherme Diego Rodrigues Leal, com auxílio do Grupo de Apoio ao Tribunal do Júri (GATJ).

Colômbia, que na verdade é peruano, já havia sido indiciado pela Polícia Federal (PF) como mandante do crime, em novembro do ano passado e está preso preventivamente.

Os assassinatos ocorreram há três anos na região do Vale do Javari, que fica entre os municípios de Guajará e Atalaia do Norte, no Amazonas. Bruno e Dom desapareceram após passarem pela comunidade de São Rafael e nunca mais foram vistos com vida.

Segundo as investigações, Colômbia é suspeito de atuar no tráfico de drogas e de chefiar uma quadrilha de pesca ilegal no Vale do Javari, que fica na região de fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru. Ele responde a outros processos por tráfico, pesca ilegal e uso de documento falso.

Colômbia foi preso pela primeira vez ao se apresentar na sede da PF em Tabatinga, em junho de 2022, para negar participação no crime. Ele acabou preso na ocasião por apresentar documento de identificação falso, foi solto provisoriamente, mas voltou à prisão por descumprir medidas cautelares.

De acordo com a denúncia, Bruno e Dom foram mortos por contrariar os interesses da pesca ilegal na região, ao promoverem a educação ambiental em comunidades indígenas.

(Com informações da Agência Brasil).

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