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Justiça suspende federalização do Porto de Itajaí, em Santa Catarina

O porto catarinense é o único no país com a gestão municipalizada e o convênio da Autoridade Portuária ao município vence no dia 31 de dezembro

Justiça suspende federalização do Porto de Itajaí, em Santa Catarina
Justiça suspende federalização do Porto de Itajaí, em Santa Catarina
O porto de Itajaí, no litoral Norte de Santa Catarina. Foto: MPor/Reprodução
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O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) suspendeu, nesta quinta-feira 19, a federalização do Porto de Itajaí, localizado no litoral Norte de Santa Catarina. A queda de braço é entre a Prefeitura, que atualmente administra o porto, e o governo federal, que pretendia passar a gestão do terminal para a Autoridade Portuária de Santos (APS).

O despacho, assinado pela desembargadora Ana Cristina Ferro Blasi, justifica que já existiam tratativas para a renovação do convênio. “Manifestações anteriores, sugestivas da continuidade da delegação, geram expectativas e repercussões políticas e jurídicas de consideráveis efeitos”, diz. A União ainda pode recorrer.

O porto catarinense é o único no país com a gestão municipalizada e o convênio da Autoridade Portuária ao município vence no dia 31 de dezembro. Segundo o Ministério dos Portos e Aeroportos, a decisão de assumir a gestão do Porto de Itajaí foi tomada após um amplo debate dentro do governo.

O ministério decidiu que a gestão será feita pela Autoridade Portuária de Santos (APS) devido a “forte capacidade de gestão e estabilidade financeira” da empresa. A determinação gerou uma reação por parte da Prefeitura e do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), que prometeu judicializar a questão.

O porto teve as atividades paralisadas em 2022, quando a intenção do governo de Jair Bolsonaro (PL), na época, era a privatização. Em dezembro de 2023, já no governo Lula (PT), o porto teve o contrato provisório assinado; possibilitando, assim, a retomada das atividades.

No anúncio da federalização o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que “o trabalho conjunto entre os dois portos fortalece a competitividade logística, facilita a otimização de rotas e operações e melhora a eficiência no atendimento ao mercado internacional”, afirmou.

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