Justiça

Justiça prorroga investigação contra Pablo Marçal por tentativa de homicídio

Pré-candidato é investigado por promover uma escalada noturna e em condições adversas no Vale do Paraíba, em São Paulo; grupo liderado pelo coach teve de ser resgatado após se perder no alto da montanha

Justiça prorroga investigação contra Pablo Marçal por tentativa de homicídio
Justiça prorroga investigação contra Pablo Marçal por tentativa de homicídio
Pablo Marçal é investigado por tentativa de homicídio após levar pessoas inexperientes para subir Pico dos Marins, no interior de São Paulo, em 2022 Imagem: Reprodução
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A Justiça de São Paulo concedeu uma prorrogação de 90 dias para que a Polícia Civil em Piquete (SP) conclua as investigações contra o coach e pré-candidato a prefeito da capital, Pablo Marçal (PRTB). 

O coach e político é suspeito de tentativa de homicídio privilegiado, após supostamente colocar em risco a vida de pelo menos 30 pessoas durante uma escalada ao Pico dos Marins, no Vale do Paraíba, em janeiro de 2022.

O incidente resultou em diversas pessoas passando mal, o que levanta questionamentos sobre a segurança e a responsabilidade da atividade. Se condenado, Marçal poderá enfrentar uma pena de 6 a 20 anos de prisão.

Naquela ocasião, o local apresentava péssimas condições climáticas. Ainda assim, Marçal optou por manter a empreitada, que fazia parte de um curso de autoajuda que ele ministrava, com o título “O pior ano de sua vida”. O grupo, diante das condições inadequadas, se perdeu, a 2.400 metros de altitude, e precisou ser resgatado por policiais civis.

A investigação prorrogada nesta terça-feira 23 pela Justiça está focada em determinar se Marçal, ao liderar o grupo na escalada noturna sob condições climáticas adversas e sem a presença de guias locais ou especialistas, cometeu negligência grave.

Após o incidente, o coach alegou não ter forçado ninguém a participar da subida ao monte e que cada pessoa era responsável por suas próprias decisões. 

Em uma publicação nas redes sociais, posteriormente apagada, o pré-candidato descreveu o evento como “o pior dia de nossas vidas”, destacando o impacto negativo da situação.

No curso das investigações, a defesa de Marçal tentou arquivar o caso por meio de um habeas corpus, mas o pedido foi negado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

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